Muito sabemos, de nossos bisavós, que os filhos refletem o espelho familiar. A formação dos filhos vinha do respeito pelos mais velhos, das filosofias religiosas e da própria sociedade, que se limitava, muitas delas, à regiões ínfimas e que, embora simplórias, prezavam pela dignidade de seus cidadãos e pela harmonia da localidade. Com o avanço da tecnologia, muita coisa mudou. Antes, apenas visualizávamos mudanças favoráveis, necessárias a um melhor bem estar social, em todos os sentidos, até da própria melhoria da qualidade de vida. Entretanto, o homem vem desmedidamente e despreocupadamente avançando, sem observar limites morais individualizados, quando ao entrar nos lares, invadindo sistemas educacionais de valores familiares, através de modernos e viáveis caminhos de comunicação, ultrapassam barreiras comprometendo e induzindo a comportamentos atônitos e alienados, sem medir as consequências que se agravam a cada dia. É preciso dar um basta, não no sentido de comprometer a liberdade da comunicação, mas no sentido de delimitar o abuso de estratégias utilizadas neste processo de liberdade, dentro de princípios e regras Constitucionalmente garantidas, evitando-se assim a desalienação de gerações atuais e futuras, caso o processo se delongue por tempos a fio. Hoje já é notória a exigência imperiosa da preservação e manutenção do próprio meio ambiente. Sem ele, as espécies não conseguirão sobreviver às condições de extrema insalubridade, decorrente da poluição desfreada. Embora um pouco tardia, mas já dominante a idéia da sobrevivência estar atrelada à limites impostos pelos sistemas interventivos do Estado. Mas, de que servirão os esforços em manter e preservar a natureza, o meio ambiente, se não preservarmos as espécies viventes e peremptoriamente a espécie humana? Sim, porque a saúde do homem não está somente atrelada ao bem estar físico, mas também moral e principalmente mental. O que serão das nossas crianças se elas deixarem de ter o auto controle mental e emocional, quando deixarem de dominar seu próprio estigma do ser. Como serão nossas crianças de hoje, futuros robores do século XXII? Os responsáveis hoje pelo descalabro abuso do uso de estratégias perigosas de comunicação não mais serão sobreviventes, pelo próprio lapso temporal da existência e, quem estarão substituindo-os, se as ações coletivas de hoje fulcro de estímulos inadequadamente impostos, conduzirão à amputação mental das novas gerações robotizadas, destituídas de desejos e metas a galgar, diante da alienação de pensamentos e idéias. Crianças hoje que desejam morar dentro do shopping; que desejam comprar tudo, tudo, tudo; que se alimentam da visualização dos bichinhos na embalagem dos produtos alimentares, que preferem comprar a brincar ou ir à praia. Sem contar com a alienação que terão em criar os seus próprios filhos, mais robotizados e alienados. Esse processo, crescerá em sentido exponencial e o que restará da espécie mental humana para o próximo século? A liberdade da comunicação sadia e útil estará também auto destruída, porque o ser pensante estará em extinção, por não mais existir os indutores de massa. Voltaremos à idade da Pedra?
quinta-feira, 10 de junho de 2010
QUAIS OS LIMITES DA PUBLICIDADE? UMA REFLEXÃO...
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O layout do seu blog ficou lindo Beth...Sucesso sempre!
ResponderExcluirVc é uma pessoa querida e super competente.
Bjos.
Adorei o novo visual do blog. Ficou lindo e mais uma vez uma matéria super interessante!!!
ResponderExcluirQuando li o texto lembrei de uma frase de August Cury que diz:
"Não podemos esquecer que os professores de todo o mundo estão a adoecer coletivamente.
Os professores são cozinheiros do conhecimento, mas preparam o alimento para uma plateia sem apetite.Qualquer mãe fica um pouco paranóica quando os seus filhos não se alimentam.
Como exigir saúde dos professores, se os seus alunos têm anorexia intelectual? "
Ou seja, certamente se não cuidarmos das nossas crianças hoje, reforçando os valores familiares e tentando evitar que o materialismo e a mídia influenciem de forma negativa, corremos o risco de estarmos formando cidadãos com vontades e desejos condicionados aos impulsos da propaganda. A publicidade é uma excelente forma de divulgação e formação de opiniões, desde que feita de forma consciente e educativa objetivando formar cidadãos participativos e não alieados da realidade. E esse é um trabalho conjunto de todos nós, amparados pela legislação e pela força da nossa reinvidicação.
Beijoss